Exchange Traded Funds versus Fundos Indexados no Brasil

Elaine Cristina Borges, William Eid Junior, Claudia Emiko Yoshinaga

Resumo


Exchange Traded Funds (ETFs) são o novo fenômeno do mercado financeiro. Em pouco tempo esses fundos negociados em bolsa de valores já representam mais de 5% de todos os fundos mútuos de investimento no mundo, e 50% dos fundos indexados nos EUA. Apesar do sucesso, os ETFs são recentes e ainda carecem de pesquisa. Esse estudo se propõe a avaliar o desempenho dos ETFs em comparação aos fundos mútuos indexados no Brasil, em termos de rentabilidade e aderência. Por serem ainda mais recentes no Brasil e faltar histórico, foram selecionados 3 ETFs para esse estudo: Ishares Bova CI (BOVA11), Ishares Brax CI (BRAX11) e Ishares Smal CI (SMAL11). De uma maneira geral, os ETFs brasileiros apresentaram rentabilidade superior à dos fundos indexados ao mesmo índice, o que está em linha com as taxas de administração reduzidas que os gestores de ETFs conseguem praticar, além do fato dos custos de transação dos ETFs ficarem por conta do investidor e não serem incluídos nos preços, não afetando sua rentabilidade. No que diz respeito à aderência, os ETFs tiveram os piores resultados. Apenas quando se utilizam preços diários médios em vez dos de fechamento, considerando que os preços médios são mais representativos dado que os ETFs permitem negociações de compra e venda ao longo do dia, é que os ETFs tiveram melhor aderência que os fundos indexados.


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ISSN: 2176-8854

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